sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Porque Estou Otimista com o Novo Robocop

Pouca gente nesse mundo é mais fã de Robocop do que eu.
Sempre existe alguém mais maluco, ok, mas nem de longe sou alguém que manja pouco do cenário e da história dos filmes, livros e seriados.

Pode ser, portanto, que minha visão venha do fato de eu ser fã.
Mas, por outro ladom, não sao poucos os fãs que desgostam de determinadas adaptações, boas ou ruins de seus filmes e quadrinhos favoritos.

Então só o que peço é o benefício da dúvida. O resto é com vocês.

Vamos aos pontos que considero importantes:

-Em primeiro lugar, o filme é dirigido por um excelente diretor. para muito além da violência de Tropa de Elite, o Padilha fez um filme extremamente crítico do funcionamento e das soluções sociais encontradas para se enfrentar a criminalidade. Mais do que um mero "ode à violência policial", o filme mostra a parcela de culpa que a própria sociedade tem para a situação ficar como ficou. Ao lado de "Cidade de Deus", foi um filme que usa a violêncioia de forma não-ortodoxa para criticar a própria violência como meio e fim social.

-Em segundo lugar, o filme tem atores extremamente capazes. Como o original, por sinal. Só o novo Robocop que ainda não me convenceu, mas conheço pouco o trabalho dele e não acho que ele seja de todo mal. Ainda que bons atores não segurem sozinhos um filme ruim, em geral é indício de que é uma produção bem cuidada.

-Em terceiro tem a polêmica a respeito do "Pg 13", ou seja, do filme ter sido liberado para expectadores de 13 ou mais, o que é indício de menos violência visual. No começo fiquei apreensivo. Agora estou otimista com relação a isso. E explico:
Um bom filme não precisa ser cinema explosão para funcionar. Se explosões dessesm resultado, filmes do Michael Bay seriam obras-primas. Muito barulho significando nada costuma resultar em filmes esquecíveis.

Não parece ser  o caso de Robocop. Ao contrário, o filme pelo que consegui depurar, vai falar de assuntos esdpinhosos, como o uso de drones pelo exército, a desumanização literal e metafórica de ações políticas em guerras pelo governo americano, a tentativa de fazer dos agentes modificadores da sociedade seres minimamente pensantes e violentos (e quem andou vendo as ações da polícia brasileira em alguns casos nas manifestações há de concordar que policia brutal não significa policia competente ou desejável em prol de direitos civis).


Em Quarto, a temática permanece atual: O "movimento", ou "literatura Neuromantica" ou ainda "cyberpunk", foi uma escola literária que já foi dada como falecida algumas vezes.
De fato, muita coisa mudou e ela, hoje, não tem os mesmos moldes dos anos 80. Mas isso não é porque as "previsões" e as críticas sociais estivessem erradas, mas sim porque nós SOMOS os cyberpunkers.

As pessoas vivem plugadas (inclusive quem lê este texto agora), a informação é algo tão banal que assuntos relevantes ficam escondidos em meio a futilidades, como a de uma tor se espreguiçando em um aeroporto. Temos implantes por todos os lados, seguindo a visão dos pensadores de Berckley (em especial Donna Haraway) aonde convivemos já com implantes, dentários, pinos de ferro em ossos, cirurgias corretoas de deficiencias visuais, olhos cibernéticos prometidos para os próximos anos, e até corredores com pernas sintéticas vencendo provas olímpicas.

Do mesmo modo, cada vez mais temos nosso cotidiano envolto em necessidades corporativas, em direitos de cidadania sendo substituidos por direitos de consumidor (ou você acha que os criticados rolesinhos , que são uma luta por consumo, não por cidadania, são feitos em shoppings à toa?).

Em Quinto: A nova versão do policial tem, sim, pontos positivos. A mudança do uniforme para  o tom negro, sugestão feita por um "ex-Batman" , tem um quê de ironia interessante. A mão humana, que é explicada no filme, também não é ruim. Só é algo inesperado e que torna  o policial algo mais dúbio em sua natureza. Ele ter família ao mesmo tempo que para de sonhar (devo essa ao site Jovem Nerd ) - o que, por sinal, me faz lembrar do título original do livro que virou Blade Runner ("Does Android Does of Eletric Sheep?") - é uma proposta interessante.

Recomendo que assistam ao vídeo do Padilha falando sobre  o novo filme  (spoilers, assista por conta e risco).:

Exemplo de ação, para quem acha que um filme de ação só existe com violência:
Que  o est´pudio encheu o saco do diretor, a gente sabe. Mas pessoalmente confio na competência dele em ter driblado tudo isso para conseguir contar uma boa história.
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Brega Presley
(Obrigado ao Thiago Lima pelos vídeos)

Ps:
Enfim. alguma coisinha a mais, para quem quiser ler:


O filme não é desnecessário. Ao contrário.
Ele é uma história a ser atualizada, mas relevante como sempre. A ironia é que, apesar de ser disponível para um público mais novo o filme é ao mesmo tempo mais maduro.

Porque quase 30 anos depois, a Detroit do mundo real é um deserto de pessoas, destituida de importância por causa de políticas industriais visando lucro. Sem falar nas bolhas imobiliárias.
Porque 30 anos depois temos governos estrangeiros vigiando cidadãos comuns. Câmeras vigiam cada passo dado, cidadãos são tratados como terroristas, as opiniões de pessoas opiniões de pessoas indepententes são compradas, e nunca soubemos tanto sobre  o que ocorre no outro lado do mundo, mas ignoramos nossos próprios vizinhos.

Enquanto você lê isso, agências americanas e sabe-se lá quem mais, tem acesso a e-mails e blogs. Usa jogos de crianças, como Angry Birds (não, não é exagero, veja maissobre os Angry Birds nesse link), e usa drones, do mesmo modo que  o filme planeja, em ações militares bastante controversas.

Não apenas Robocop é um filme, ainda que made in Hollywood, necessário. É um filme que, suspeito, pode ser fundamental para quem não costuma pensar sobre essas coisas a ver o mundo de forma um pouco mais conciente.

Só esperemos que não pare por aí. Mas já é alguma coisa.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Ratos Gigantes da Sumatra: Um NPC diferente

Quem tem acompanhado o curioso caso de um navio "fantasma" que teria a bordo ratos canibais, sabe que a imaginação do povo anda esta a mil por hora.

Para quem nunca viu, sugiro o blog Mundo Tentacular que tem um resumão bacana da história.

No meu caso, depois de um papo com o Luciano Giehl sobre  o "Rato-macaco da Sumatra" e ele me ensinar que a origem dessa história é uma citação de Sherlock Holmes e um certo "Rato Gigante da Sumatra" (citado em uma aventura como uma história "que o mundo ainda não está preparado para ouvir", e com livros feitos por terceiros "contando" a história, descobri que o bicho é citado até em "Watership Down", uma fábula com coelhos que nada tem de inocente e encantada.

Por essas e outras, resolvi fazer minha versão dos bichinhos para uma aventura em Cyber 2020.
Se houver alguma chance do grupo reconhecer o navio, não use esta imagem.
Como enredo sugiro um navio de uma megacorporação que estava desaparecido e voltou a ser localizado.. O grupo de jogadores é convocado pela empresa ou por uma concorrente para ir a bordo do navio, a toque de caixa, pegar alguma informação cientifica sobre experimentos genéticos que a empresa dona do Navio estaria fazendo.

O tempo está correndo e é questão de horas até outros concorrentes aparecerem.

Como inimigos podem existir piratas modernos, exércitos inimigos ou outros mercenários humanos trabalhando para empresas rivais. E, claro, centenas de ratos assustadores modificados geneticamente e cheios de alguma doença assustadora.
De modo geral o grupo PRECISA entrar nos confins do navio, pegar uma caixa com uma numeração especifica tipo "XXCV - amostragem confidencial" e retornar com ela fechada para a segurança do grupo.

O problema é que os novos habitantes do navio não estão de papo.
Ao serem deixados pela corda de um helicóptero (que voltará para buscá-los em 2 horas) o grupo repara uma coisa: todos os botes salva-vidas de borracha estão ali, ainda que bastante danificados. 

Muitos locais no piso do barco estão cobertos de sangue, o que indica um ataque de piratas. Isso significa que o grupo deve ser muito cuidadoso ao entrar para não chamar a atenção para si mesmos.

Conforme vão entrando descobrem uma perna cibernética de titânio "totalmente limpa" de carne e descobrem a verdade:
Ratos assustadoramente feios e grandes estão a bordo e farão da vida dos personagens um inferno. Eles devoraram a tripulação anterior e agora estão querendo fazer um lanchinho.

E os personagens só poderão sair dali de helicoptero quando tiverem em mãos o que vieram buscar.
Ratos-macacos da Sumatra:
Origem: Ratos alterados geneticamente por uma corporação européia.
Histórico: São "belezuras" capazses de transmitir uma doença extremamente mortal, contra a qual não existe cura e que mata em poucas horas. Até lá o infectado se torna violento ao extremo... e canibal.

Estatísticas:
Força 2; Reflexo 8 (são rápidos), Movimentação 8, Inteligência animal 4 (vulgo não são suicidas, encontram formas alternativas de ataque e emboscada, mas não são capazses de evitar nada mais complexo do que isso).
Cada bicho tem somente 1 hitpoint (ponto de vida)

Poderes Especiais:
-Farejar: recebem bônus de +7 para perceberem um cheiro de comida em ´potencial. Rola-se uma vez por "turba", somente.
-Audição: em caso de ações que provoquem ruído, como tiros, turbas nos locais vizinhos de onde os personagens estiverem podem ser atraídos. Audição tem bônus de +3.
-Turba: Cada turba tem 1d6 x 20 ratinhos nada fofos. Vulgo, cada rataria tem uma quantidade de pontos igual ao do seu numero no bando.
Mordida: Eles tem uma mordida poderosa. Não conseguem comer aço, mas qualquer coisa com SP 15 ou menos perde 1 ponto por mordida (cada rato causa -1 de SP por mordida).. Se não conseguirem fazer isso, podem roer as ligações mais moles das placas, ou seja, em caso de armaduras com 16+ cada 3 ratos causarão 1 ponto a menos de SP na armadura.
-Turbas infinitas: Não importa  o que aconteça, os ratos não acabam a bordo do navio. Somente se  o navio for destruído isso acaba. Mas é uma boa idéia sair dali antes disso acontecer.
-Sabem Nadar: Pensando em remendar um bote ou sair a nado dali? boa sorte. Os ratos sabem nadar e perseguirão qualquer alvo por 5 turnos dentro da água. Alias, eu já mencionei que a região pode ter tubarões cabeça de martelo? Não? Puxa.. que vacilo,  deveria ter avisado antes de você pular...

Regra especial:
(Além disso: -Natação de humanos: Agua Salgada, além de enferrujar implantes com o tempo, tem o péssimo hábito de ser funda. Se seu personagem tiver implantes a dificuldade para nadar é de +10 para CADA MEMBRO cibernético. Air suply é de pouca serventia, já que os personagens estão em águas profundas.)
Rato Gigante da Sumatra:
De vez em quando o pessoal pede um "boss" em meio a confusão para dar um pouco de graça. Neste caso são os Ratos Gigantes.
Origem:  Ratos alterados geneticamente por uma corporação européia.
Histórico: São "belezuras" do tamanho de uma anta, capazes de transmitir uma doença extremamente mortal, contra a qual não existe cura e que mata em poucas horas. Até lá o infectado se torna violento ao extremo... e canibal.
 Ratos gigantes tem os seguintes modificadores e habilidades: 
Força 4; Reflexo 6 ), Movimentação 6, Inteligência animal 7 

-Farejar: recebem bônus de +7 para perceberem um cheiro de comida em ´potencial. Rola-se uma vez por "turba", somente.
-Audição: em caso de ações que provoquem ruído, como tiros, turbas nos locais vizinhos de onde os personagens estiverem podem ser atraídos. Audição tem bônus de +3.
-Couraça e Vida: Eles tem 20 pontos de vida (btm -1) e proteção natural de couraça da pele SP = 5.
-Comando: Quando estão com uma turba de ratos menores, a turba recebe +3 de iniciativa.
-Mordida esmagadora: Exceto contra ACPAS 30 + e implantes "fullborg", armaduras comuns não fazem efeito porque a poderosa mordida esmaga o que tiver dentro dela. O personagem recebe 1d6+2 de dano por turno e a armadura é ignorada.

Homem-Rato:
Estou colocando esse só para  o caso de sua mesa ter personagens bombados demais:

Ele dá um razoável "Big Boss" para a aventura, mas aconselho que o confronto final seja contra OUTROS mercenários ou piratas ali.

Origem: bla bla bla

Histórico: Um humano com carga genética misturada com a dos ratinhos.

Força 12, Reflexo 13, Inteligência (humana) 4 Movimentação 15, Esquiva 7
Iniciativa +5, briga +5, Atenção/ notar+5, Escalar 5

Btm - 5

Garras Especiais: 2d6, armaduras SP/ 3, dano integral
Habilidades especiais:
Convocar ratos - Custa 1 ação: Chama 2d6 "amiguinhos" que aparecerão no turno seguinte. Se cair 12 é um "Rato Gigante".

Ataque do teto: Escalar paredes e atacar de lugares inusitados, faz dele um alvo difícil de ser atingido. A dificuldade para acertá-lo é sempre +5.

Imunidade à peste: Este personagem não apenas é imune à peste, como seu sangue pode ser usado para produzir e improvisar uma vacina a algum personagem infectado. A mordida dele não infecta, mas também não cura.

Rápido como um raio: O personagem pode atacar 2x por turno, se desejar. No entanto, deve fazer um teste no segundo turno seguido que usar essa habilidade. Ele rola 1d6. Se cair 5 ou 6 ele entra em colapso e precisa ficar 2 tunos parado, descansando. A alternativa é usar um turno a cada 2 com essa habilidade.

Couraça: Pele tem SP3.

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O que mais pode ter na aventura:

-Explosivos: O grupo pode ter como missão primária ou posterior ao início da aventura espalhar explosivos pelo navio para afundá-lo e matar os ratos. Sim, os ratos nadam, mas no alto-mar, sem comida por perto, não sobreviveriam (em teoria, hehehe).

Um objetivo assim aumnta a necessidade dos personagens percorrerem todo o navio.

-Encontrar Sobreviventes/ Enfrentar sobreviventes: Um ou mais membros da tripulação original podem estar pelo navio, bem como um outro grupo de mercenários. Um sobrevivente pode servir para passar informa~ções importantes sobre  o navio e os perigos dali, ser um personagem extra coringa, para  o caso de um dos PJs morrer, ou ser um adversário contaminado ou fortemente armado querendo sair vivo dali (em estado de fúria ou não).
Uma cientista "de corpo escultural" é um recurso típico em aventuras do gênero, e, apesar do machismo da coisa, costuma funcionar bem como fonte de informações e interesse amoroso.

-Piratas Modernos: Além dos típicos mercenários, um grupo de piratas podem aparecer ou jpa estar por ali. O barco deles pode ser uma rota de fuga alternativa para  o grupo, por exemplo, ou eles podem ter sido quem invadiu e soltou os ratos de containers sem querer para início de conversa, mobilizando que uma corporação contratasse mercenários "descartáveis" para esolver a questão.

-Quarentena: Um navio de uma marinha  pode chegar depois do grupo alcançar  o navio e colocar a embarcação em quarentena, enquanto algum figurão militar decide se explode a ameaça ou não. Uma aventura assim é mais psicológica e envolverá negociações por rádio, uso de contatos dos personagens (como um antigo amigo piloto de helicoptero), etc para sairem dali vivos. Corporações rivais, redes de Televisão que queiram uma notícia bombástica ou os próprios piratas podem ser aliados em uma tentativa de fuga.

Em uma aventura assim o numero de perigos de ratos deve ser levemente aliviado, para que o foco na ameaça exterior seja mais contundente.


No caso da quarentena, forlças de soldados de uma força de saúde (da ONU, por exemplo) podem ser os inimigos bem-armados que o grupo precisará enfrentar, além dos ratinhos.

Pouco Equipamento: Os personagens  podem ser os próprios piratas, por exemplo, que resolvem ir a bordo de um navio "fantasma" (e tem o proprio bote explodido por um navio de quarentena), ou mercenários chulé, chamados às pressas e com pouco equipamento, o qu pode tornar a aventura bem mais difícil. funciona bem como aventura inicial ou one-shot.

Cargueiro? Porque não uma Plataforma de Petróleo?: Claro. A história pode ser montada de diferentes formas. Uma plataforma, por exemplo, invadida por piratas, que tenham levado a praga a bordo, é uma das opções. Uma plataforma tem algumas vantagens, como a de ser razoavelmente maior, mas é preciso amarrar bem o enredo para dar graça aos jogadores.
Não é muito dificil achar imagens de plataformas, mas creio que um mapa quadrado com tres andares, feito de proprio punho, sejam mais eficazes. Inclua restaurante, dormitório, gerador, laboratório, sala de armas, armazem, equipamento de mergulho e escadas para descer aos andares inferiores.

Mapa de Navio:
A aventura "Cabin Fever" de Cyberpunk 2020 tem uma imagem de um cargueiro que pode servir, além de algumas regras mais bem-contruidas para natação com implantes. Vale a pena dar uma olhada pela internet e ver se encontra imagens que ajudem, mas sem sugestões aqui. Lrmbre-se de que o mapa precisa FUNCIONAR para o tempo de aventura, e não precisa ser hiper-detalhado para a mesa. Crie cabine de comando, diferentes andares, restaurante, área de carga, dormitórios, banheiros, sala de armas, sala de rádio e sala de peças para equipamento, se puder..

PS:
Em tempo: a idéia de transformar esses bichos em inimigos foi feitas originalmente pelo Leonardo Silva, e, de forma independente, pelo Luciano Giehl. Ambos mestres muito mais competentes do que eu, diga-se de passagem.

A do Léo foi usada em uma campanha de Honor + Intrigue, e o Luciano vem aproveitando o tal navio fantasma para uma série de postagens. A conferir com eles quem puder, em uma mesa aqui no Rio.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Curiosidade: Em que ano se passam o Filme ROBOCOP Original?

Sempre achei, por alguma razão obscura, que Robocop (filme original) se passasse em 2014.

Não foi por acaso que eu escolhi a década de 2010 como linha alternativa de tempo para situar minha campanha.

Pois bem, estava errado.

Parece que os anos onde  o filme se passa são 2043 ou 2044, tende um vista o livro feito sobre o livro de Ed Naha.

No livro o autor diz que "Sylvester Stallone morreu aos 97 anos" após um transplante mal-sucedido. Como o ator de Rambo terá esta idade nestes anos, é o único indício do periodo em que se passa o filme.

Outra fonte diz que na (deprimente)série "Prime Directives" que a lápide de Murphy apontaria para 1992 o ano da série, o que me parece ser mais uma homenagem truncada ou uma brincadeira com a trilogia inicial, do que, de fato, algo plsível, já que Robocop 3 é foi lançado em 1993 (e produzido em 1992, creio), o que pode ser uma forma irônica de criticar "o piro filme de Robocop" que foi aquele.

O filme original se passa durante algo em torno de uns 3 meses, e como em Detroit faz um frio do cacilda no inverno, creio que nenhum dos três se passa no inverno.

Meu chute, sem base, é que o Robocop 2 se passe uns dois ou três anos depois, e robocop 3 logo a seguir, por volta de um ano após  o 2. Assim a trilogia deve se passar entre 2043 e ir até 2048, no máximo.

Robocop acredita no Unicórnio cor-de-rosa
A Série "Prime Directives" (sério, só assistam se for para rir, que é ruim demais) se passa a partir dos 10 anos de aniversárioo de "Robo", então ocorre em 2053/ 2054, creio.

Já o novo Robocop, do José Padilha, aparentemente se passará em 2028 (ainda não confirmado). Por sinal, mesmo ano que "Ghost In The Shell" se inicia.

sábado, 4 de janeiro de 2014

Ultimate Gay Fighter: Sexualidade em jogos

Se tem uma coisa que me diverte é ver  o pessoal combatentdo preconceito de forma divertida.

Cansados de franquias homofóbicas e machistas, tem um pessoal lançando um jogo de lutas que brinca com os estereótipos do mundo gay, e coloca eles como personagens principais em um jogo no melhor estilo "Street Fighter".


Trata-se de "Ultimate Gay Fighter", um jogo que promete ser divertido, ainda que possivelmente polêmico.

Até onde entendi, o game tem sido bem aceito dentro da própria comunidade LGBT, e acho legal que este tipo de temática ganhe espaço em games.

Acho legal que este tipo de paradigma (odeio essa palavra, que virou um baita clichê, mas fazer o quê?) seja quebrado, assim como as Lara Crofts da vida acabaram com o padrão exclusivo de personagens a lá "Duke Nukem" (nada contra, joguei pra cacilda Duke Nukem), ampliando o entendimento de que há outras formas de pessoas estarem no mundo.

 Acho, pessoalmente, que jogos de RPG de mesa e de conmputador ainda são de um machismo ímpar, e são poucos os que permitem personagens femininas realmente diferenciadas, sem que com isso percam substância. De cabeça só consigo pensar em Vampire, quando bem mestrado. E Eclipse Phase.

É algo que Cyber 2020, por exemplo, poderia ter explorado de forma mais adulta e aprofundada, já que determinados implantes (como o Mr. Studd) trariam à baila uma discussão mais aprofundada sobre gênero e identidade. É complicado abordar o tema de forma clara e sem ofender alguém, diga-se, mas acho necessário.

Eu pretendo jogar e dar risadas. Com minha mulher do lado fazendo piadinhas, que faz parte.
 É uma daquelas coisas que ser um heterossexual bem-resolvido me permitem nessa vida.

Ps: Vi essa reportagem em um link, fornecido pelo Eduardo. A reportagem está no blog Lado Bi