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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Robocop estreia bem lá fora


E, ao que parece, Robocop estreiou bem.

Faturou quase 30 milhões em 10 países, e tem sido recebido como uma agradável surpresa pela crítica.

Ainda não vi (e me recuso a baixar piratex), então só vou poder dizer algo semana que vem, mas, como venho defendendo fazem algumas semanas, um filme baseado menos em violência, diferentemente do primeiro, não é necessariamente uma má notícia.

"Cyberpunk" foi (ou ainda é?) um movimento literário pautado mais em crítica social e sobre relações entre corpo e máquina do que simplesmente sobre violência.

Do clima "noir" de um blade Runner a estética arquitetônica, as relações entre informação e liberdade, as analises urbanas (como as "zonas de guerra, em cyberpunk 2020), as privatizações, e, agora, este olhar sobre drones, a qual o filme se pauta, são necessárias, atuais e bem-vindas.
Pode ser ue o filme consiga isso, pode ser que não (isso vai variar em termos de gosto e ponto de vista técnico de cada um), mas, repito, estou otimista.

Como tenho amigos que adoraram o novo Hobbit, enquanto eu odiei, uma vez mais entendo que seja questionável meu otimismo.

Mas, sinceramente, não creio. Quem for ver, lembre-se de que estará vendo um "reboot" e não exatamente um "remake". Ambas as histórias são feitas por diretores diferentes, com propostas diferentes e em periodos históricos diferentes.

Se for ver e não gostar, ok. Também não tenho certeza de que EU vá curtir. Mas se for ver, dê a chance de gostar ao menos. Quem sabe.

Braços e depois de assisitr eu volto ao assunto.

Ps: Ah sim, valha-me São Gibson, mas vi na Veja

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Porque Estou Otimista com o Novo Robocop

Pouca gente nesse mundo é mais fã de Robocop do que eu.
Sempre existe alguém mais maluco, ok, mas nem de longe sou alguém que manja pouco do cenário e da história dos filmes, livros e seriados.

Pode ser, portanto, que minha visão venha do fato de eu ser fã.
Mas, por outro ladom, não sao poucos os fãs que desgostam de determinadas adaptações, boas ou ruins de seus filmes e quadrinhos favoritos.

Então só o que peço é o benefício da dúvida. O resto é com vocês.

Vamos aos pontos que considero importantes:

-Em primeiro lugar, o filme é dirigido por um excelente diretor. para muito além da violência de Tropa de Elite, o Padilha fez um filme extremamente crítico do funcionamento e das soluções sociais encontradas para se enfrentar a criminalidade. Mais do que um mero "ode à violência policial", o filme mostra a parcela de culpa que a própria sociedade tem para a situação ficar como ficou. Ao lado de "Cidade de Deus", foi um filme que usa a violêncioia de forma não-ortodoxa para criticar a própria violência como meio e fim social.

-Em segundo lugar, o filme tem atores extremamente capazes. Como o original, por sinal. Só o novo Robocop que ainda não me convenceu, mas conheço pouco o trabalho dele e não acho que ele seja de todo mal. Ainda que bons atores não segurem sozinhos um filme ruim, em geral é indício de que é uma produção bem cuidada.

-Em terceiro tem a polêmica a respeito do "Pg 13", ou seja, do filme ter sido liberado para expectadores de 13 ou mais, o que é indício de menos violência visual. No começo fiquei apreensivo. Agora estou otimista com relação a isso. E explico:
Um bom filme não precisa ser cinema explosão para funcionar. Se explosões dessesm resultado, filmes do Michael Bay seriam obras-primas. Muito barulho significando nada costuma resultar em filmes esquecíveis.

Não parece ser  o caso de Robocop. Ao contrário, o filme pelo que consegui depurar, vai falar de assuntos esdpinhosos, como o uso de drones pelo exército, a desumanização literal e metafórica de ações políticas em guerras pelo governo americano, a tentativa de fazer dos agentes modificadores da sociedade seres minimamente pensantes e violentos (e quem andou vendo as ações da polícia brasileira em alguns casos nas manifestações há de concordar que policia brutal não significa policia competente ou desejável em prol de direitos civis).


Em Quarto, a temática permanece atual: O "movimento", ou "literatura Neuromantica" ou ainda "cyberpunk", foi uma escola literária que já foi dada como falecida algumas vezes.
De fato, muita coisa mudou e ela, hoje, não tem os mesmos moldes dos anos 80. Mas isso não é porque as "previsões" e as críticas sociais estivessem erradas, mas sim porque nós SOMOS os cyberpunkers.

As pessoas vivem plugadas (inclusive quem lê este texto agora), a informação é algo tão banal que assuntos relevantes ficam escondidos em meio a futilidades, como a de uma tor se espreguiçando em um aeroporto. Temos implantes por todos os lados, seguindo a visão dos pensadores de Berckley (em especial Donna Haraway) aonde convivemos já com implantes, dentários, pinos de ferro em ossos, cirurgias corretoas de deficiencias visuais, olhos cibernéticos prometidos para os próximos anos, e até corredores com pernas sintéticas vencendo provas olímpicas.

Do mesmo modo, cada vez mais temos nosso cotidiano envolto em necessidades corporativas, em direitos de cidadania sendo substituidos por direitos de consumidor (ou você acha que os criticados rolesinhos , que são uma luta por consumo, não por cidadania, são feitos em shoppings à toa?).

Em Quinto: A nova versão do policial tem, sim, pontos positivos. A mudança do uniforme para  o tom negro, sugestão feita por um "ex-Batman" , tem um quê de ironia interessante. A mão humana, que é explicada no filme, também não é ruim. Só é algo inesperado e que torna  o policial algo mais dúbio em sua natureza. Ele ter família ao mesmo tempo que para de sonhar (devo essa ao site Jovem Nerd ) - o que, por sinal, me faz lembrar do título original do livro que virou Blade Runner ("Does Android Does of Eletric Sheep?") - é uma proposta interessante.

Recomendo que assistam ao vídeo do Padilha falando sobre  o novo filme  (spoilers, assista por conta e risco).:

Exemplo de ação, para quem acha que um filme de ação só existe com violência:
Que  o est´pudio encheu o saco do diretor, a gente sabe. Mas pessoalmente confio na competência dele em ter driblado tudo isso para conseguir contar uma boa história.
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Brega Presley
(Obrigado ao Thiago Lima pelos vídeos)

Ps:
Enfim. alguma coisinha a mais, para quem quiser ler:


O filme não é desnecessário. Ao contrário.
Ele é uma história a ser atualizada, mas relevante como sempre. A ironia é que, apesar de ser disponível para um público mais novo o filme é ao mesmo tempo mais maduro.

Porque quase 30 anos depois, a Detroit do mundo real é um deserto de pessoas, destituida de importância por causa de políticas industriais visando lucro. Sem falar nas bolhas imobiliárias.
Porque 30 anos depois temos governos estrangeiros vigiando cidadãos comuns. Câmeras vigiam cada passo dado, cidadãos são tratados como terroristas, as opiniões de pessoas opiniões de pessoas indepententes são compradas, e nunca soubemos tanto sobre  o que ocorre no outro lado do mundo, mas ignoramos nossos próprios vizinhos.

Enquanto você lê isso, agências americanas e sabe-se lá quem mais, tem acesso a e-mails e blogs. Usa jogos de crianças, como Angry Birds (não, não é exagero, veja maissobre os Angry Birds nesse link), e usa drones, do mesmo modo que  o filme planeja, em ações militares bastante controversas.

Não apenas Robocop é um filme, ainda que made in Hollywood, necessário. É um filme que, suspeito, pode ser fundamental para quem não costuma pensar sobre essas coisas a ver o mundo de forma um pouco mais conciente.

Só esperemos que não pare por aí. Mas já é alguma coisa.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Curiosidade: Em que ano se passam o Filme ROBOCOP Original?

Sempre achei, por alguma razão obscura, que Robocop (filme original) se passasse em 2014.

Não foi por acaso que eu escolhi a década de 2010 como linha alternativa de tempo para situar minha campanha.

Pois bem, estava errado.

Parece que os anos onde  o filme se passa são 2043 ou 2044, tende um vista o livro feito sobre o livro de Ed Naha.

No livro o autor diz que "Sylvester Stallone morreu aos 97 anos" após um transplante mal-sucedido. Como o ator de Rambo terá esta idade nestes anos, é o único indício do periodo em que se passa o filme.

Outra fonte diz que na (deprimente)série "Prime Directives" que a lápide de Murphy apontaria para 1992 o ano da série, o que me parece ser mais uma homenagem truncada ou uma brincadeira com a trilogia inicial, do que, de fato, algo plsível, já que Robocop 3 é foi lançado em 1993 (e produzido em 1992, creio), o que pode ser uma forma irônica de criticar "o piro filme de Robocop" que foi aquele.

O filme original se passa durante algo em torno de uns 3 meses, e como em Detroit faz um frio do cacilda no inverno, creio que nenhum dos três se passa no inverno.

Meu chute, sem base, é que o Robocop 2 se passe uns dois ou três anos depois, e robocop 3 logo a seguir, por volta de um ano após  o 2. Assim a trilogia deve se passar entre 2043 e ir até 2048, no máximo.

Robocop acredita no Unicórnio cor-de-rosa
A Série "Prime Directives" (sério, só assistam se for para rir, que é ruim demais) se passa a partir dos 10 anos de aniversárioo de "Robo", então ocorre em 2053/ 2054, creio.

Já o novo Robocop, do José Padilha, aparentemente se passará em 2028 (ainda não confirmado). Por sinal, mesmo ano que "Ghost In The Shell" se inicia.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Robocop do Padilha, Trailer 2#

Saiu o novo trailer de Robocop:
Sensacional.

Muito bom. Tou colocando cada vez mais fé na bagaça!

Em janeiro (ou fevereiro, vai depender de conseguir armazenar informações suficientes), vou tem minha mesa de Cyberpunk: Robocop no encontro mensal do SAIA DA MASMORRA, com a transição do antigo para o novo Robocop. Parece que titio Murphy vai ganhar uns upgrades, hua hua hua!
Enquanto isso, fiquem com o Robocop em cima de um unicórnio:



terça-feira, 24 de setembro de 2013

Robocop, Grande Irmão e Liberdades Civis

Acabei de ler "Pequeno Irmão", livro de Cory Doctorrow, na qual um grupo de adolescentes luta contra uma tentativa autoritária do governo se impor nos EUA após um atentado em São Francisco.

O autor conhece muito sobre o assunto de liberdade civil e digital, e constrói um bom livro
(Outro bom livro dele é "Cinema Pirata", mas sob vários aspectos ambas as histórias ficam repetitivas em termos de estrutura narrativa).
Uma das coisas que salta aos olhos no livro é perceber como esta realidade não é improvável: basta ver os relatos de parte das pessoas que vão a manifestações - a própria greve de professores recente aqui no Rio, e as ações tomadas pela polícia nestes casos, com a boa e velha conivência de parte da iomprensa sobre muito do que rola de fato nestas situações.

Vivemos em um estado constante de ameaça a direitos civis- direitos estes que não são simplesmente definidos pelo voto. Ao contrário, o voto é a forma mais "civilizada e pacífica" da luta por direitos civis, mas é também a mais inútil se for deixada por si só.

Votar em um candidato que se diga comprometido a esta ou aquela causa de nada adianta se não existirem eleitores - e cidadãos - comprometidos com uma cobrança e empenhados em fazer notar quando e  o quanto discordam e se preocupam com esta ou aquela política pública.

(Não achei um trecho melhor, mas lembram da cena do
governo decendo o sarrafo na população de Neo Tokio?)

Assim, não é de se espantar que o novo Robocop tenha uma pegada mais política que o antecessor, já que o josé Padilha conhece as entranhas da policia (e da política)brasileira como poucos diretores.

Meu medo, enquanto fã dos filmes originais (os dois primeiros, que o terceuiro é muito ruim)sempre foi a do novo filme perder sua essência ácida e crítica.

Menos violência, em si tende a representar um filme 'para crianças", por dizer assim, com uma trama mais plana e banal.

Ao mesmo tempo, um filme que não dependa da violência para se vender, mas se mantenha sério em sua proposta, é ainda melhor.

Ao que parece, o novo Robocop é uma releitura que segue, felizmente, a segunda tendência. Tem critica de valores e costumes sem ficar pausterizado nesse tipo de coisa.


Se Padilha conseguiu driblar de fato a maquina da mesmerisse hollywoodiana, só vou ter certeza quando assistir o filme, mas a critica que o pessoal do "Melhores do Mundo" mandou é bem positiva neste sentido e espero poder concordar quando finalmente assistir ao filme, no ano que vem.

Vamos ver.

Enquanto nós, pobres mortais, aguardamos, sugiro a leitura de "Pequeno Irmão" e de literatura cyberpunk dos anos 80 e mais recente, como "Rainbows End" de Vernor Vinge para pensar sobre  o tema.

Também recomendo, fortemente "Futuro Esquecido: A Recepção da Ficção Cyberpunk na américa Latina" - de Rodolfo Rorato Londero sobre  o assunto (este último é um texto mais denso e só recomendo para quem tbm gosta de cabecices, mas é bem interessante).

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Robocop 2014: Trailer

Hum, ok, AGORA estou um pouco mais tranquilo com o novo Robocop.

Vamos ver se  o filme corresponde ao trailer.