quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Steamfunk: Deixando o Steampunk mais Colorido.

Alguns doidos (no melhor sentido) fãs de Steanpunk resolveram criar um movimento "Steamfunk" que visa dar mais espaço para a perspectiva do negro dentro do Steampunk.

Achei a idéia muito bacana.

São diversos autores que escrevem histórias sob esta ótica, retirando um certo ranço vitoriano que o vaporpunk pode padecer, por vezes. Afinal, inspirado na ciência produzida na europa na segunda metade do século XIX, é impensável não tratar de assuntos como o racismo, já que o período era fértil em conclusões erradas a partir de boa ciência.

O Darwinismo Social, por exemplo,que era engrossado por bons cientistas, como Brocca, era uma idiotice sem tamanho.

Sinal de que nem sempre os cérebros mais brilhantes funcionam como referencial sobre tudo, enfim.

Seja como for, é um movimento a se prestar atenção.

O artigo original está aqui: steamfunk

Também vale a leitura Desse texto a quem se interessar.

Vida longa e próspera aos "Steamfunkers", e quem sabe, um dia teremos algo para "cyberfunkers" tbm.


Abraços

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

A Vida Imita a Arte: Educação como Indústria- Ou "Cyberpunk é Logo Ali!"

E, por uma dessas decisões bizarras de marketing, a prefeitura do Rio de Janeiro, no dia de ontem, resolveu colocar uma das propagandas mais absurdas possíveis (vide imagem acima).

Antes que me digam que isso não tem nada a ver com cyberpunk, só digo que SÓ tem a ver com isso, a partir do momento que um dos viesses do movimento literário era o de crítica a transformação da sociedade em uma espécie de gigantesca linha de produção. Ainda que não fosse o comum, filmes como "Brazil", por exemplo, são bastante ácidos ao modo descerebrado e impessoal como a sociedade tentava formatar o ser-humano, e nem era uma crítica nova.

Pink Floyd, no antológico vídeo "Another Break in The Wall" já fazia um protesto contra esse modo de educação produzir salsichas. 


Pois bem, eis que nossa prefeitura resolveu gastar dinheiro em uma propaganda que vai contra tudo o que se pensa sobre educação hoje em dia: A transformação de crianças em objetos. Ainda que convivamos com os alarmes de hora em hora, e a "linha de produção" no formato de carteiras alinhadas como modelo fordista-educacional, parece que escancararam com a metáfora da propaganda acima  o que já vinha sendo criticado há tempos.

Em propagandas, até agora, no Globo de 7/12/2014 (pg. 5) e "O Dia" (pagina 12 ou 13, segundo me disseram), se não em outros veículos educacionais, dinheiro publico e uma visão tosca do que é educação e cidadania foram financiadas com dinheiro público.

Tivesse um dos que aprovou tal imbecilidade, ou quem sabe um dos publicitários que criou tal peça, de início de conversa, um mínimo de cultura geral (pelamor de Deus, assistir Pink Floyd não é tão difícil assim), quem sabe esse ato falho não tivesse sido cometido.

Até lá, sinto dizer, um governo que parece mais preocupado com agradar setores corporativistas do que atender a demandas da população, ao meu ver, parece ser a regra.

Muito, muito triste ver uma coisa dessas sendo feita em pleno 2014 (quase 2015).