Personagens para Cyberpunk 2020 (3): FRESH BLOOD

"Fresh Blood" é o "badass" do grupo. Ex-soldado nas guerras amazônicas, sofreu um ataque de granada e um pequeno estilhaço, impossível de ser removidom, o deixou sem uma percepção de auto-imagem corporal  de referência.

Atualmente é policial em Detroit, no esquadrão de Bumper.

Ele nunca reconhece seu corpo como sendo seu, mas tampouco isso parece incomodá-lo.

Com isso ele é o único personagem de todo o muno cyberpunk 2020 que é, em termos práticos, imune à cyberpsicose. Sua empatia é fixa em 2, e sua humanidade é sempre 20. O problema é que ele está no limiar da humanidade e é pouco dado a delicadezas.

Entre seus hobbies está fazer tiroteio de bazuca em prédios abandonados, alto consumo de alcool, e violência como forma de expressão social (algo como "comunicar-se com os punhos".

De vez em quando eu "atualizo" o desenho do personagem (a imagem original está no suplemento "Nights Edge, pag. 12).

Como todos os meus personagens principais na campanha, ele é "bombado" propositalmente. E mesmo assim, dado o nível de dificuldade dos borgs que eles enfrentam, já quase empacotou uma vez ou duas.

É um bom personagem para jogadores porradeiros, ou como NPC de apoio ou inimigo (imagine um personagem de seu grupo que é perseguido por um policial da cyber-swat? Se for Fresh Blood, creio que o grupo terá sérios problemas pela frente).

O grande lance com ele é que ele ter implantado QUALQUER melhoria cibern´tica, uma vez que é cobaia dos tecnicos da OCP.

Entre seus hobbies, está perseguir e intimar membros da gangue de "posers" (gangues que imitam um personagem ou personanilade) da Banda KISS (o hino da gangué é "Detroit Rock City") na zona de combate.

Fresh Blood gosta de charutos e do cheiro de Napalm no café da manhã.

Atributos:
INT [ 7 ]   REF [ 9/13]  TEC [ 5]  AuCon [ 3 ]   SOR [ 4]   TCO[  9  ]  EMP [ ?/2] ATR [  4 ]  
MOV [ 5 ] Correr( 20), Saltar( 2 ), Levantar (180) Human.(20)

Habilidades:

Hab. Especiais: Autoridade :  3 (policial), Noção  Combate: 5  

Atratividade: Cuidados Esp:  -3

Tipo Corporal: Feitos de Força: 1  Resistência:  9 

Autocontrole: Intimidação:  4 

Inteligência:  Atenção/ Notar: 4  Sobrev. (nat.) :  7 

Reflexos: Armas Brancas:  3 , Armas (pistola): 6  , Arma Rifle :  4 , Armas Pesadas : 7, Thai Kow do  6 

Dirigir:  4  Esquivar : 6 Furtividade: 5 Pilotar Helic.: 3 

Técnica: Armeiro: 7  Cybertech: 4  Demolições: 6

"Fresh Blood" ao final das guerras amazônicas

SP (proteção) / Pontos de dano: 

Cabeça: 25/25

B. Direito 15/ 25

B. Esquerdo  15/ 25

Torso:  15/ 30

P. Dir.  15/ 25

P. Esquerda:  15/ 25

Equipamento: 

Implantes Sensory Boster +2 awa; ref booster

-Cyber eye IR, term. Target, Audio :Phone, bug detector,

Braço direito  (sp 15)– Mão – Dedo com dardo venenoso, Husqvarna Chainsaw (armadura de oponente /2, dano 3d6 normal)

 Braço esquerdo (sp 15) (Wolvers) Torso plate 15 , lança-missil ombro Perna direita, sem implantes guelras (4 horas)

Perna dieita com “anchor feet”, um “pino” que se enfia no chão (4 deles) fixando o personagem

SP torso 15, SP mascara (face plate) 25 sp braços e perna D 15

Mini-lança-missil (quadril) –WA +2  4d6, 12/2 – 200 metros

Chips: Boxe (+3); Savate (+3)

Armas:

Lança-Chamas,

Colt AMT       

Rifle H-80  

Spawblade  (Melee)       

H5.56Minigun  

TSUNAMI  

(nova arma - não oficial)  :              

OCP KOBRA        Tipo: Arma Militar (pesada)     Bônus:  +0               Ocultamento: N                      Disponibilidade: R       Dano: 4D10+2 EXPL                 Tiros: 20            Cdt: 1                      Confiabilidade: ST      Alcance: 100m     Custo (estimado) $ 8000

Encontro de RPG no Rio: Saia da Masmorra

Além de escrever aqui, sou um dos organizadores do encontro mensal "Saia da Masmorra", aqui no Rio de Janeiro.

Segue a programação do proximo encontro (8 de junho 2013). Este mês não teremos nenhuma mesa cyberpunk, mas teremos possivelmente uma de FC (X-COM, baseada no game).

Algumas das mesas ainda aguardam um posicionamento mais definitivo dos respectivos mestres. Mas melhor ir adiantando, por via das dúvidas.

Mesas já programadas:

-Castelo Falkenstein ou Chill (Luciano "Tolkien" Bastos)

-Gurps Império Romano: (Max, - a confirmar)

-Dungeon Crawl Classics - Aventura nível Zero (Diogo Nogueira)

-Savage Worlds: (Ou SOLOMON KANE RPG ou THRILLING ADVENTURES - Pulp nos EUA contra nazis)- Luciano "Cthullhu" Giehl

-Mesa Estepes:

-X-COM (Edson)- possivelmente Gurps

-Death Cards: Dust Devils no Vietnã (Brega Presley)

Dia e Endereço:

Dia: 08-06-13

Local: Livraria Point HQ – Ipanema
Endereço: Rua Visconde de Pirajá n° 207 Loja 317
www.pointhq.com.br

Próximo ao Metro Ipanema General Osório (Não sei se com as obras teremos de pegar o metrô na superfície na estação Siqueira campos, verificar junto ao Metrô)
Tel.: 21 2521-9803
Horário: 14h às 19h

NOSSO EVENTO É GRATUITO E ABERTO A TODOS OS AMIGOS E CURIOSOS

Personagens para Cyberpunk 2020 (2): Bumper

Donny Donowitz  "Bumper"  é um personagem criado por mim, mas tremendamente detalhado por Leandro Parejo (do Blog Saia da Masmorra)e cujo histórico farei apenas um resumo.

Inspirado no personagem de Robert Deniro em Taxi Driver, "Bumper" é um veterano das guerras amazônicas que deixou a vida no exército após a morte da ex-mulher, já que devia cuidar da filha, Sweet Anna.

No exército ele era um soldado de elite, um Franco-atirador que foi responsãvel por eliminar alguns militares do alto -escalão do exército brasileiro e argentino.

Seu apelido vem da adolescência, quando espancou um professor usando um taco de Titânio (tudo bem, o professor mereceu).

("Bumper", para quem não sabe, é  o nome daquela peça de plástico que joga a bola de novo para as mesas de pimball)

Ele passa a dirigir um taxi na velha Detroit, uma forma apenas um pouco menos perigosa que lutar em uma guerra, já que gangues de psicopatas, assaltantes e atentados à bomba fazem parte de sua rotina.

O taxi de Bumper era um Ford Thunderbird 1960,  blindado e envenenado, carregado de armas e era conhecido dentro da Zona de Combate como sinônimo de problemas se alguém se metesse com ele.

A sorte de Bumper mudou quando salvou a vida de Jane Burroughs, mulher do policial casca-grossa James Burroughs, que acabou amigo de Bumper e o chamou, eventualmente, para fazer parte da força de elite conhecida como "Cyber-Squaid" de Detroit, uma força-tarefa especializada em problemas com cyber-criminosos tanto eletrônicos, quanto físicos (cyber-psicóticos, por exemplo).

No decorrer das aventuras James morreu assassinado e foi Bumper quem assumiu o cargo de capitão da força tarefa, reformando e melhorando a equipe.

Ficha:
O ponto forte de Bumper são as armas. Como qualquer jogador experiênte irá perceber, a ficha e o arsenal é bem "aditivado", o que é exlicado como necessário pois os personagens fazem parte de uma elite de policiais e os desafios que proponho a eles nas mesas não costumam ser "a piece of cake".

Atributos básicos:
INT [  4  ]   REF [ 9 /  ]  TEC [ 2 ]  AuCon [ 8]   SOR [ 5]   TCO [ 8 ]  EMP [ 3/  ] ATR [ 5 ] 
MOV [ 7 ] Correr(21), Saltar(5), Levantar (320) Human. (30) $$: [2000] Reputação [6]

Habilidades Especiais:

(eu permito que meus personagens tenham especializades diferentes em jogo. Se for excolher uma somente, use Autoridade 7, já que, agora, ele é mais um burocrata que um agente)

Noção de Combate: 5; Autoridade 7 (capitão de força-tarefa).

Eu ignoro as regras oficiais e divido as armas de fogo em apenas dois tipos: Armas de uma mão (pistola, usi, etc), e Armas de Duas mãos (fuzil de assalto, carabina, etc).

Habilidades Normais: 

Tipo Corporal: Resistência 3
Auto-controle: Interrogatório 7; Manha 7
Empatia: Liderança 6
Inteligência: Atenção/ Notar 7 (+2 = 9) ; Espanhol 3; 
Reflexo: Armas brancas: 3; Pistola (armas de uma mão) 5 (+2 = 7); Rifle (armas de duas mãos) 10 (+2 = 12)
Boxe: 4, Dirigir 6; Esquiva 4 (+1= 5), Furtividade 4, Pilotar AV 2
Tech: Armeiro 5; Arrombamento 4; Tech Básico (mecânica de veículos) 3

Implantes:

-Neurais básicos + implantes para link de armas +2 ;Adrenal Booster, Conexão com veículos (+2 para automóveis) 

-Filtro Nasal; 

-Audio Básico, ;  AudioRadar (70% eficaz); 

-Cyberolho básico com Target, Imagem Melhorada +2 (times square), imagem termográfica e Target (para permitir melhora de mira).

-Braço esquerdo tem o implante "Kill Display" ou tbm chamado de Body Count" para contar número de mortos.

Equipamento:

Proteção: Armadura Swat SP 20 (todo o corpo) (-1 de Ref)

Transporte: Furgão "Caveirão" (escolha um que goste, mas sugiro o Furgão "OCP RIOT CONTROL" com aceleração 35, Desac. 40, 8 passageiros, 4 prisioneiros, manobra +2. Equipado com rádio da polícia, SP 20 de blindagem, Jato dágua, canhão de gás lacrimogênio, canhão de micro-ondas, câmera e sistema de audio para gravação, Alto-falante, pneus reforçados (SP10).

Armas: Escolha uma de cada tipo, com dois pentes, um normal e um perfurante. Armas pesadas somente um lança-míssil Scorpion (ver livro básico).

Blade Runner: Pistola para Cyberpunk 2020

"PKD", aka LAPD 2019 blaster.

Tem gatilho duplo, o que permite adois tipos de dano com a mesma munição:

(Calibre: .223)

Arma : PKD (homenagem dos criadores a Phillip K. Dick)        

Tipo  Pistola    

WA   : +2  

Ocult  : Bolso   

Disp  : Rara, somente para agentes especiais  e membros da Psycho-Swat 

DANO     : 5d6  AP /+3d6*    

Pente :   5+1

CdT      :1

Conf   : ST  

ALC      : 50m    

$$: 500

A PKD  tem dois gatilhos. Um para disparos comuns (munição perfurante)de 5 tiros, outra para uma bala explosiva de 3d6.

A PKD é a arma de mão padrão de caçadores de androides  e cyberpsicóticos em Los Angeles, por sua portabilidade. Em geral o investigador fica com ela em mãos ao aplicar o teste Voight-Kampff  (nesta versão, um indicador se  o personagem/ NPC tem algum tipo de cyberpsicose).

Personagens para Cyberpunk 2020 (1) : Hong, The Kong

Em minha campanha de cyberpunk 2020, optei por fazer o grupo de personagens membros da "famigerada" Cyber-Swat, ou "Cyber-Squaid" de Detroit.

Os meus personagens trabalham para a OCP como policiais, e são todos casca grossa em termos de pontuação e combate.

Vou apresentá-los aqui um por um, bem como trazer alguns aspectos do cenário e da cidade para quem, eventualmente, desejar utilizar em sua própria campanha.

Comecemos com o mais popular dos popliciais, HONG THE KONG:

Charles Hong é um americano branco, com feições vagamente orientais, que é um popular ex-jogador de futebol americano no time "Detroit Lions".

Nascido em 1981 (minhas mesas se passam atualmente em 2015) e filho de um descendente de chineses com americanos, tem 1,95 metros de altura, cabelo curto e parece intimidantemente forte.

Como todo atleta de ponta, ele foi para uma universidade (no caso a Wayne State University, se alguém precisar desta informação), onde, contrariando o padrão comum de personagens grandes e burros, se formou com louvor em engenharia.

Mas, como carreira, optou pelo futebol americano, onde fez uma pequena fortuna e virou uma celebridade local.

Seus problemas no esporte começaram após uma contusão, onde se viciou em potentes analgésicos que, eventualmente, acabaram descobertos pelo exame de dopping. Expulso da Liga NFL, foi automaticamente contratado pela OCP, a megacorporação que domina Detroit no cenário (sim eu uso Robocop como referência).

Ele não é um bom policial, mas é um excelente garoto-propaganda, que conseguiu manter sua popularidade mesmo após a sua expulsão.

Sempre que um crime é resolvido pelo esquadrão "psycho", ele é apontado pela multidão como o responsável pelo sucesso, com frases como "Hong! Ele conseguiu de novo!" gritado por alguém da multidão ou "Hong The Kong faz um Touchdown na gangue de cyber-criminosos na zona de combate" por algum jornal. E sempre que uma multidão o cerca ele é ovacionado: "Hong! (the Kong)-  "Hong! (the Kong)".

Isso o faz um personagem divertido de ser interpretado, sobretudo quando o mestre sacana inventa de fazê-lo fazer propaganda de "Grills", "suplementos Alimentares" e Videos de ginástica. A parte boa é ele posar ou namorar com celebridades como Scarlett Johansson.

A relação dele com outros personagens é boa, já que é graças a piopularidade dele que a OCP continua a investir $$ no esquadrão, mas no geral ele é tranquilo.

Ficha:
Meus personagens são bombados. Isso porque são um esquadrão de elite, o que me permite colocá-los contra desafios maiores, mas sinta-se a vontade para recalibrar  o personagem de acordo com o nível de sua respectiva mesa.

Seus atributos são:

INT [ 8 ]  REF [ 7/  ]  TEC [ 6]  AuCon [ 10]   SOR [ 3 ]   TCO[ 12 ] (implantes de preenchimento muscular)  EMP [5/  ] ATR [ 3/7]  MOV [10] Correr(40), Saltar(4), Levantar (240) Human.(24).  $$: [10.000] Reputação[8].

Habilidades: Eu não uso as regras oficiais, onde um personagem só pode ter uma habilidade especial. Mas, se for escolher uma, use "Autoridade" como a principal.

Hab. Especiais: Autoridade : 3 Lid. Carism.: 4 Noção  Combate: 1  Reparo Improv: 1 Negociar 1
Atratividade: Roupas e Estilo:  4
Tipo Corporal: Feitos de Força: 8 Natação: 7 Resist. fadiga: 7
Autocontrole: Intimidação: 7 Resistir Torturas ou Drogas: 3
Empatia: Liderança: 1 Persuas. Sedução: 3 (8 para fãs do sexo feminino) Trato Social: 6
Inteligência: Atenção/ Notar: 5 Física: (mecânica) 7 Jogo (jogatina): 1 Matemática: 4 Merc. de Ações: 4

Química: 6

Reflexos:  Armas Brancas: 2  Armas (pistola): 4  Arma Rifle 9  Armas Pesadas : 4 Arma Submetr: 8 

Cyber-Rugby: 9  (ver abaixo) Atletismo:  8 Dança: 2  Motocicleta 2 Esquivar : 2  Operar Maquinario Pesado 1

Pilotar Dirigível : 1

Técnica: Aero Tec:1 Armeiro: 1  AV Tec : 1 Eletrônica: 6 Primeiros. Socorros.: 2 (fraturas) Tecnologia Básica: 6

Contatos: Ex-exportistas, comentaristas esportivos, fãs de futebol e população em geral.

Implantes: Nano cura 2x, enxerto muscular. Bone & Lace

 Drogas: Escolha 5 doses de tranquilizantes do livro básico

Equipamento: 1 combate glove “Gaunllet”, + "Espoleta"

Jaqueta de couro preta “Kaneda” (com pílula). MASCARA GÁS.

Munição: 5 GAS LACRIM. 1 gran. Teia, 3 redes-taser,

Armadura: Metal Gear 25 SP (-2)

Espoleta: 1 turno para armar. +1d6 (este implante é uma espécie de "soco ingl
ês" explosivo. A munição precisa ser trocada para que seu efeito de explosão seja aplicado)

Equipamento: Por seu conhecimento em engenharia, Hong também testa equipamentos não letais desenvolvidos pela OVP, como granadas de espuma,  Pistolas de dardos tranquilizantes, luvas de choque ou lançadores de redes que dão choques.

Além disso carrega uma pistola Colt AMT com munição comum (2 pentes) e munição perfurante (1 pente).

Como proteção tem proteção no tórax e pernas de 15 SP (fator de proteção) e -1 de ref., mas pode, eventualmente, usar armaduras mais leves ou mais pesadas, capacete da polícia, etc.

faixa bônus:
Video de Ginástica de Hong The Kong (como imagino): - trecho do filme "Running Man"

Paródia de Deus Ex.

Paródia do game.

Deux Ex: Filme a Caminho?

  Pelo menos é o que diz esta POSTAGEM SOBRE O FILME.

Pelo que deu para entender, eles querem fazer um filme inspirado, mas não cópia, de Deux Ex, com elementos do (s) jogo(s) mas também expandindo e trazendo idéias novas.

Tudo a favor.

O problema são "detalhes" como din-din para o projeto (filmes bons pdem ser de baixo orçamento, mas depende de talento, o que é mais dificil de se arrumar que verba em Hollywood).

Um filme de cyberpunk que não quer ser "Blade Runner" pode ser bom ou ruim, por outro lado.

Blade Runner surgiu já com o "movimento" cyberpunk em plena atividade, mas expandiu conceitos e renovou algumas idéias, inclusive de gente do naipe de Willian Gibson e seu Neuromancer.

Tentar repetir um filme assim é um risco. todo mundo quer fazer "um novo Blade Runner" e, com poucas chances de errar, ninguém conseguiu (houveram boas coisas, não me entendam mal, mas BR é só um...ou vários dependendo da edição caça-niquel de DVD).

Ao mesmo tempo que isso possa cheirar a falta de ambição, se for levado a sério, pode sair, sim, algo de bom daí. Mas depende de capacidade e isso vamos ter de torcer para que os roteiristas, produtores, diretores e atores consigam.

O diretor anunciado seria Scott Derrickson, que tem coisas como "O dia em que a Terra

Parou", que não gostei, mas Lenda Urbana 2, que achei que funcionou. Ou seja, não é um PUSTA diretor, mas pode conseguir. Problema é que até onde vi, não achei o nome dele envolvido com o projeto.

O roteirista C. Robert Cargil eu desconheço. Ele fez dupla com o diretor em um tal "Sinister" de terror, mas como não vi, não posso dar piteco. Também não vi o nome dele associado ao projeto.

Ambos estão associados a um projeto chamado "When Gravity Falls", que, aparentemente, é  inspirado na novela de mesmo nome, de George AllecEffinger, e também de um suplemento de cyber 2020 (que tem outra história). Não li o livro (acabo de acrescentá-lo a minha "wishlist"), mas já ouvi falar bem. A história tem bastante enfase em um oriente médio cyberpunk.

Meu chute é ou que a produção gorou, ou que virou o "Gravity", mesmo, mas isso, por hora, não consegui saber.

Do you feel luck, ´punk?

Mãe Só Tem Uma? (Ciranda de Blogs - maio 2013)

Respondendo ao chamado do blogueiro Diogo Nogueira (Pontos de Experiência), que teve a boa idéia de criar a "Ciranda de Blogs", here we go!

O tema do mês é MÃE! e há várias opções para se falar de "maternidade" e afins em cyberpunk. Em vez de escolher um tema em si para atrelara "Mãe Alheia", preferi falar sobre  o assunto de acordo com as idéias que fossem surgindo.

Oh Mama!

Começo falando brevemente de "Matrix", que é o termo usado em locais como "Neuromancer" , no RPG Shadowrun e na trilogia de filmes "Matrix" para definir a rede.

Matrix, segundo uma das explicações, além de sua similaridade com "Matre" (mãe), seria uma deusa romana ligada à fertilidade (não encontrei uma fonte coniável, então fico devendo uma até achar). E é, no universo cyberpunk, uma verdadeira matriz de problemas de onde diversas ameaças (e soluções) surgem.

O conceito de cyber-espaço, a "matrix", é uma das pedras fundamentais na literatura e ambientação cyberpunk. Ela cumpre  função similar a das drogas, como expansão da conciência, nos movimentos culturais anteriores, como Beatnik, onde o LSD cumpria a função de "portal para uma nova percepção da realidade" citado por Huxley. Um vício constante em cyberpunk, aliás, é o de se plugar nesta realidade nova e "mais que perfeita" se relacionada ao Mundo Real.

Outra possibilidade é a de se discutir genética e "paternidade" aqui. As sociedade cyberpunk tendem a ser locais onde a familia como a que ainda conhecemos não existe mais. Familias "nucleares", alias, só se forem a de mutantes radiotivos morando perto do local de uma usina atômica abandonada, no máximo.

A discussão faz muito sentido, uma vez que em cyberpunk a questão da identidade é fundamental. Por mais que vivamos "em uma sociedade patriarcal", etc etc, é  o feminino o que nos define. Primeiro, não apenas somos "mamíferos" , mas "selecionados" como um tipo de espécie onde a prole é cuidada com extremo cuidado, um papel (sacanagem com os pais) associado principalmente às mães, amamentação etc (ou a foto da bela Monica Bellucci não seria tão atraente), definidos pelo leite e pela estratégia "K" (procurem Estratégia K e Estratégia R em biologia, um dia falo disso).

Socialmente nossa identidade passa pela mãe que tivemos, e por isso sua figura é tão sagrada. Se somos mimados somos "filhos da mamae", se sacanas, "filhos de uma puta", se bem bonitos é porque "mamae passou açucar em mim", e , se falamos palavrão nos perguntam se "sua mae não te deu educação?".

Em termos gerais, raras são as crianças que crescem com um pai e uma mãe, no modelo clássico , ou mesmo dois pais ou duas mães. Na verdade, ou as crianças são criadas "soltas" pelas ruas, em um verdadeiro processo de sobrevivência do mais apto, ou são criadas em comunidades, em conjunto com outras crianças, em uma diminuição formal do papel clássico de pai e mãe.

Os Nômades, de cyberpunk 2020, por exemplo, tem na segunda estrutura um modelo mais próximo de criação. Os filhos são filhos tanto da comunidade quanto dos pais biológicos, e isso fortalece vínculos entre eles, etc. Este modelo de criação, aliás, tende a ser um contra-ponto aos modelos de criação "pais ausentes" muito comum em Cyberpunk, como proposta mais saudável do que simplesmente deixar o filho ser criado nas ruas ou por uma maquinha brilhante na fuça.

Seja como for, o papel clássico da mãe, aqui, é diminuído sensivelmente, o que é de certo modo bom, pois permite que outros modelos de sociedade surjam a partir disso.

Seria interessante pensar como conceitos clássicos de desenvolvimento de personalidade se transformariam em uma ambientação assim. Por exemplo, o "Edipo" Freudiano, a figura primerva de amor incondicional poderia ser associada a uma máquina? Que tipo de neuroses específicas uma relação afetiva um tanto desigual e fria poderiam surgir a partir disso? Que tipo de relação pessoal seriam vivenciadas a partir deste tipo de ligação, que tipo de fetiche pela tecnologia, e que tipo de modelo de identidade seriam comuns e incomuns aqui?

Meu chute é que em cyberpunk, assim como já ocorre em nossa sociedade, que as relações sociais passariam por um processo um pouco mais narcísico e superficial, onde a ética pela estética (o visual de uma atitude pode contar mais do que a atitude em si), e uma certa incapacidade de relações mais duradouras poderiam advir disso. De novo fazendo eco em Aldous Huxley, mas desta vez em "Admirável Mundo Novo", onde uma pessoa sair com outra mais do que um par de vezes é que seria esquisito.

Um fator a ser explorado em termos de maternidade são os "filhos do tubo de ensaio", igualmente. A genética e a tecnologia de manipulação de embriões podem, sem dúvida, serem ainda mais comuns no futuro. Tanto em termos de pais escolhendo "exatamente" o que querem de seus filhos em termos genéticos (Gattaca e "Ender´s Game")quanto supersoldados criados ou indivíduos criados como um pouco mais do que um objeto (Nova trilogia Star Wars e seus clones são um exemplo disso, mas Blade Runner já explorava essa possibilidade 20 anos antes disso).

E, por fim, o LÚDICO:

Billy idol - Mother Dawn - Cyberpunk

O vídeo (que o youtube só libera assistindo lá, desculpem) faz parte de um excelente album do cantor e tem algumas curiosidades:

Primeiro, foi um album feito totalmente em computador. Algo corriqueiro hoje em dia, mas muito incomum em 1993, 20 anos atrás. O CD original tinha ainda um aruivo que poderia ser lido em um "super avançado multimídia" com imagens e afins em um computador.

Estranhamente, no entanto, apesar de boas musicas e trechos do "Manifesto Cyberpunk" aparentemente Tio Billy não sabia picas sobre cyberpunk e passou vergonha em algumas entrevistas. Nisso que dá ficar imitando o Supla, hehehe. Recomendo o album, de qualquer modo, mas para ficar no tema, quem quiser pode ler a letra da musica aqui: LETRA 

Abraços a vocês, seu bando de filhos de chocadeira!

Tio Magister.